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Chapter 4 – A date with death

  Capítulo 4 – Um encontro com a morte

  Continuei andando e seguindo em frente, fazendo tudo o que podia para realizar os desejos dos meus pais. Andei até esquecer minha fome, sede e fadiga, por um longo tempo neste vazio escuro e solitário onde tudo o que parecia existir eram sombras, solid?o e dor.

  Conforme eu continuava andando mais adiante, comecei a sentir frio, um frio que só aumentava, mesmo enquanto eu me agarrava ao cavalo, como se algo dentro de mim estivesse congelando. O mundo parecia mais triste e vazio, as árvores se tornavam mais esparsas, e um vento forte soprava contra mim. N?o acreditando mais na minha sorte, e sem esperan?a de chegar a algum lugar, eu me sinto sumindo a cada passo do animal. O frio era t?o intenso, com um vento t?o forte, que eu mal conseguia manter os olhos abertos. Tudo o que eu sabia sobre o meu entorno por um longo tempo era o vento cortante e a fome que me dilacerava com for?a. Eu senti a morte me abra?ando, como se estivesse vindo para resgatar uma crian?a perdida.

  Quando eu estava usando as últimas for?as para n?o cair no sono e me render ao que eu agora considerava talvez um amigo, senti a respira??o do cavalo acelerar, e ent?o ele parou de repente. Vendo que ele n?o iria mais longe, desmontei.

  Olhando ao redor, tentando ver tudo o que as sombras escuras permitiam, de alguma forma consegui distinguir a silhueta de algo que parecia ser uma casa. Usando qualquer for?a de vontade que me restava, arrastei meu corpo em sua dire??o. Cada passo me lembrava o qu?o cansado meu corpo estava, implorando para que eu desistisse. Algo parecia querer me impedir de alcan?á-lo; n?o sei se era instinto, mas continuei avan?ando até chegar à metade do caminho, onde perdi minhas for?as e caí de joelhos.

  Essa for?a agora parecia n?o apenas instintiva, mas quase física, me empurrando para baixo e para longe. Mas com o ch?o mais perto do que nunca do meu rosto, forcei-me a rastejar para frente. Toda vez que me movia, um joelho de cada vez, sentia uma dor profunda, como se minhas entranhas estivessem ficando dilaceradas. "Estou quase na porta, só mais alguns passos."

  Senti meus joelhos cederem, e caiu de bru?os no ch?o, lágrimas escorrendo pelo meu rosto, e gritei em meus pensamentos: "Se for minha hora de morrer, eu morrerei. Venha e me leve, ceifador maldito, porque eu n?o vou desistir agora; eu lutarei com você até o fim."

  Depois desses pensamentos, fiz tudo o que pude para rastejar em dire??o à porta. Quando estava a apenas um passo de distancia, n?o conseguia mais mover meu corpo. Parei de sentir tudo, até mesmo o que parecia estar me prendendo a este mundo. Senti um vazio e vi a morte me olhando, observando minha luta desesperada, esperando que eu desistisse para que ela pudesse me levar.

  Olhando para o ceifador e vendo seus olhos vazios e meu reflexo em sua foice, sorri e comecei a rir como um louco. Ri da minha miséria sem fim, observando quase etereamente o estado do meu corpo e entendendo por que n?o conseguiria continuar, como se fosse impossível. Tudo o que vi no reflexo foi uma figura quase humana, esquelética de fome, coberta de cortes e hematomas, um corpo fraco e maltratado levado ao limite.

  Eu quase consegui ver o cor dos meus ossos, t?o fina era minha pele e t?o emagrecida meu corpo. Olhando para esse reflexo, sinto um orgulho indescritível. Eu tinha chegado longe, muito longe, e n?o desistiria agora. Eu chegaria a algum lugar, pelo menos. Eu me vi olhando novamente para o que eu pensei serem os olhos do ceifador, e vi a paz e o descanso que eu tanto preciso, intervalo do frio e da dor. Mas para mostrar minha determina??o, minha luta e manter minha promessa, levantei um único dedo para ele, esperando desafiá-lo.

  O ser que eu acreditava ser o ceifador parecia sorrir, e embora n?o fizesse nada, de alguma forma eu sabia que estava rindo. Em meio aos meus pensamentos nebulosos de como isso n?o fazia sentido, talvez nada feito, talvez fosse tudo uma ilus?o esperan?osa, o vento trouxe suas palavras para mim.

  "Você atraiu mais do que qualquer um pela vida. Seu corpo está em tal estado que n?o serve nem para fertilizar uma árvore; até folhas secas têm mais praticidade do que sua vida ou morte neste momento. E ainda assim, você tem coragem de fazer isso com aquele que o levar ao descanso eterno? Admiro sua coragem e assistirei seu cora??o dar sua última batida para levá-lo para o outro lado."

  Usando as últimas batidas que meu cora??o conseguiu, joguei para frente com tudo o que tinha e, quando estava prestes a tocar a porta, ela se abriu.

  De lá saiu um homem com aparência magra, um manto com capuz cobrindo sua cabe?a e pendendo de suas costas. Suas roupas eram gastas e cheias de buracos, como se os roedores fizessem um ninho nelas. Depois de ouvir algo como um murmúrio, minha vis?o escureceu, e o mundo ao meu redor se tornou um vazio profundo e silencioso.

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  Os Pensamentos de um Homem Muito Velho

  'Garoto fraco, mas ele chegou até mim. Finalmente, posso me livrar desta pris?o em que fui condenado a ficar. Observador, n?o tenho certeza do que você quer para este mundo, mas n?o estou mais jogando seu jogo. Depois de todo esse tempo, vou me libertar e me tornar parte do que criei. Garoto, já que você superou meu teste, você vai dar minhas vitórias. Espero que você possa fazer mais com elas do que eu pude em todo o meu tempo de existência, pois quando vim a existir, eu era o último dos meus irm?os.'

  'Vou colocar o garoto na cama para que ele possa se recuperar, e talvez eu o treine e o ensine a amadurecer, para que ele saia daqui pronto para tomar meu poder.'

  Wuitt

  Quando comecei a acordar, vi diante do mesmo homem que tinha visto antes. Olhai ao redor para ver o que poderia encontrar, e o quarto inteiro tinha uma aparência sombria, quase decrépita. Olhando para o meu lado, vi uma tigela de água e um peda?o de p?o.

  Vendo comida e água, senti minha fome e sede aumentando, e rapidamente tentei alcan?ar a comida, embora duvide que tenha me movido muito rápido devido às minhas fraquezas. Quando finalmente agarrei, senti que o p?o estava duro, mas estava com tanta fome que n?o me importei, e mordi com for?a, moendo-o na boca para engolir. Na minha ansia de comer, engasguei e tossi violentamente.

  O homem, que agora percebia que tinha a aparência de um velho, estava ali me observando atentamente. Quando nossos olhos se encontraram, eu só vi algo escuro, como se algo dentro de mim estivesse sendo examinado. Ele deu de ombros, se virou e voltou ao que estava fazendo.

  Fiquei em silêncio por um longo tempo, tentando entender o que ele estava fazendo. De repente, ele parou e jogou outro peda?o de p?o na minha dire??o, e ouviu sua voz, rouca pela idade.

  “Se você quer comida melhor, você tem que merecê-la. Se você acha que merece sua vida, você deve me obedecer.” Depois dessas palavras, a sala ficou em silêncio novamente.

  'Meus pais est?o mortos, e eu n?o sei por que eu n?o estou morto também, ou por que esse velho me salvou. N?o tenho para onde ir e n?o fa?o ideia de onde estou. Eu ouvi até que ele me disse onde estou e como posso sair.'

  “Eu sou Wuitt, e você?”

  “...”

  “...”

  “...”

  “Já tive muitos nomes e nenhum, mas se me chamar de algo é importante para você, me chame de Mestre.”

  “Por que eu deveria chamá-lo de Mestre? Você me fará atendê-lo, ou me ensinará algo?” Uma risada ecológica ou pela sala, e eu vi as sombras ficarem mais escuras, embora a sala de alguma forma parecesse mais brilhante. 'Estranho.'

  “N?o preciso de ninguém para me servir, e n?o vou te ensinar nada, mas com o tempo, você entenderá por que sou seu mestre.” Senti que suas palavras tinham um significado mais profundo do que isso.

  Uma for?a misteriosa, semelhante a que me impediu de me aproximar de casa antes de 'mas mais gentil?' me declarou e me empurrou pela porta, como se eu n?o pesasse nada. 'Talvez eu realmente n?o pese; meu corpo ainda está muito fraco.' Olhando ao redor, percebi onde estava. Eu estava essencialmente no meio de um deserto; tudo o que eu consegui ver era areia e um sol escuro mal iluminando o mundo ao meu redor.

  Enquanto eu tentava entender como tinha ido de uma floresta escura e fria para o meio de um deserto "Sério, isso n?o faz sentido", vi uma pequena fogueira se materializar do nada no ch?o, junto com dois tocos de madeira que existiam apenas para sentar ao redor do fogo.

  Logo depois que essas coisas se formaram, o velho sentou-se, suas roupas parecendo ainda mais gastas e esfarrapadas do que antes. Seu rosto continha uma profunda esperan?a e uma tristeza profundamente enraizada, e ele soltou um suspiro realmente pesado.

  “Sente-se, crian?a”, ele disse, apontando para o outro assento.

  “Quando você sair daqui, seu corpo vai se recuperar; n?o precisa se preocupar em morrer por causa disso. Agora, acho que é hora de você me contar um pouco sobre você.”

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